quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

carreirinhas


13 de janeiro de 2008












Depois de tanto tempo sem ondas partimos para mini surf trip. o Natinho ia como guia/cicerone mostra-nos os melhores picos entre peniche/baleal e rei cortiço. ondas não existiam, apesar de alguns surfers e bodys estarem dentro de água. nós olhávamos uns para os outros e o natinho dizia vamos subir que eu sei de uns picos melhores. partimos, junto à costa, sempre de olho no caminho, e a virar à esquerda de verdade ou à direita de verdade (o Natinho engana-se muito quando está em terra). nos solavancos do carro, ainda saboreávamos os gulosos pães da Ferraleja, indicação do cicerone. mais uma paragem, mais uma saida menos um pico. a chuva começa a cair sobre nós e cada saida era uma molha, sem ondas. vamos ao pico da mota ao pico do lagido pico do béltico, ondas era coisa que não nos agradava. vamos subir mais pode ser que esteja melhor pico xpto (com tantos picos já não conseguiamos decorar os nomes). chovia cada vez mais e o natinho estava doido para encontrar ondas... sem sucesso. partimos para o rei cortiço e a chuva aumentava. o Silencioso falou não há por aqui um restaurante? lembrei-me de um na lagoa de óbidos (assim como assim não havia picos para entrar embora ao bar - Covão dos Mussaranhos), entrámos na onda de almoço com a espuma da cerveja. a chuva e o vento fizeram o mesmo e começámos a ver que a nossa sorte mudava. Natinho de volta da sua bussola de pulso tenta descobrir a orientação do vento, pois diz nada estar a perceber do tempo. pico da antena nova paragem, não estamos convencidos (nesta altura o Natinho está às portas do stress, e quando a Body diz que esta surf trip vai acabar na rainha ele quase que chora). partimos outra vez com a direcção do baleal e acordámps que não íamos ver as ondas, era vestir fatos borders na mão e mar adentro. Paralelo pergunta a surfista que passa, como está o mar? e a resposta vem ao nosso agrado, está a dar umas. corremos para a praia, aquecimento já estava feito e alongamentos não tinhamos tempo. entrámos. silencioso faz uma boa onda e a body também, neste mar percebi que não dava para fazer paralelos. natinho tinha partido para junto dos pros, no melhor pico da praia. Body arranca outra boa onda e diz que está com muito frio, fica só um pouco mais. Silencioso tenta mais uma onda mas cai no silêncio. paralelo faz uma onda e pela primeira vez corta a seguir tenta outra e afunila. olhamos o horizonte e vem a primeira do set, tamanho enorme,passada esta vem a segunda igual e ás tantas o set não parava mais e no final aparece o Natinho a fazer carreirinhas de bodybord, fulo da vida e a dizer que não se lembra de apanhar mar tão mau nos últimos tempos. regressámos a lisboa com o Natinho a chorar pelas ondas perdidas e a pedir um acordo entre nós para não contarmos a ninguém desta surf trip de carreirinhas.